Na cena política europeia, a Hungria assume um lugar singular ao se tornar o único país da União Europeia sem nenhuma ministra em seu governo. A recente renúncia de Judit Varga, que estava à frente do Ministério da Justiça desde 2019, deixou um vazio notável.
Varga, que renunciou para liderar a campanha do partido Fidesz nas eleições parlamentares europeias de junho de 2024, abre espaço para Bence Tuzson.
Com essa mudança, os 14 cargos ministeriais do governo húngaro estão agora ocupados exclusivamente por homens.
Enquanto isso, outros países da UE estão a trilhar caminhos diferentes em termos de representação de género dos seus governos.
A Finlândia se destaca, com dois terços do novo governo de direita ocupados por mulheres, excluindo primeiros-ministros, ministros adjuntos e secretários de Estado.
Países como os Países Baixos, Espanha, Bélgica, Portugal e Áustria também ostentam uma liderança feminina forte, com 50% ou mais de mulheres à frente dos ministérios.
No entanto, a paisagem política está sempre em transformação.
Eleições antecipadas estão marcadas para os Países Baixos, após a queda do governo liderado por Mark Rutte.
Enquanto isso, as recentes eleições inconclusivas na Espanha deixam os partidos políticos em busca de parceiros de coligação para superar o impasse.
Em meio a essas mudanças, a Hungria se destaca como um exemplo singular, juntando-se a Malta, Chéquia e Polônia no grupo dos países com menos de 15% de mulheres ministras.
Essa dinâmica reflete o desafio contínuo de alcançar a paridade de gênero em posições de poder, enquanto outros países próximos da paridade, como Suécia, Alemanha e França, continuam a liderar o caminho em busca de uma representação mais equitativa.
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